quinta-feira, 13 de maio de 2010

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Hoje é 13 de maio, dia da Abolição dos Escravos. Lembrando dessa questão de escravos, racismo, negros, preconceito trouxe uma propaganda que "mostra" o preconceito sofrido pelo negro. A proposta foi até interessante, entretanto a propaganda piorou a situação. Vejam e critiquem aí!





1. Só o negro tem energia física suficiente para subir no poste (correr em maratonas, carregar cana, jogar futebol) e pegar a bola. Ou seja, é sinônimo é vitalidade.
2. A prova é tanta que ele já tem uma coleção de bolas em casa; é o gandula oficial das ruas.
3. Ao menos mostra que o preconceito parte de um adulto e que a criança, certamente, agirá da mesma forma.
4. Ele é negro e tá todo vestido de preto. Pode nem existir más intenções nisso, posso estar delirando, mas isso me incomodou.
5. Ele virar pasta de dente foi o AUGE. Realmente, as aparências enganam. Pensei que era uma propaganda boa, mas...


"Eu sou preta/ Mãe da noite
Irmã do dia/ Sou do Cortejo
Afro encantador/ Filho de Ilê Ayê
Ghandi/ Mestre Pastinha meu amor
Vou misturar/ O que Deus não misturou

Um abraço negro/ Um sorriso negro
Traz felicidade/ Negro sem emprego
Fica sem sossego/ Negro
É a raiz da liberdade

Negro é uma cor de respeito/ Negro é inspiração
Negro é silêncio, é luto/ Negro é a solidão

Negro que já foi escravo/ Negro é a voz da verdade
Negro é silêncio é a luta/ Negro também é saudade"


A semana já está acabando, gracias!

Um comentário:

  1. A propaganda é de pasta de dente, que nunca é dessa cor (sempre branca, verde, amarela, vermelha, azul, mas nunca marrom ou preta). Da mesma forma que o negro é "gente como a gente" (como dizia Cissa Guimarães), a pasta também é do bem, cumpre sua função de pasta, de limpar, de defender seus dentes contra as cáries (como o negro supostamente tem o direito de ser cidadão, de ajudar uma criança e não ser visto como monstro). Ninguém vai reclamar porque o creme dental é marrom ou preto, ele cumpre sua função da mesma forma que um creme dental branco. Mas com relação a um negro, que é igual a um branco (supostamente deveria ser), há essa discriminação.

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